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Com as suas cinco pétalas brancas pinceladas de púrpura à volta do olho amarelo, a flor da esteva é caraterística da orla mediterrânica e um ex-libris da paisagem alandroense e do Alentejo em geral.
O visitante urbano lembrar-se-á dela pelo cheiro inebriante e, sobretudo, pelo verniz pegajoso das suas folhas. Indiferentes a isso, as cabras atrevem-se pelo mato dentro pelo que ela representa como alimento.
Os mais antigos, por seu lado, sabem que pode ser usada como planta medicinal – principalmente os seus rebentos, que têm propriedades calmantes e desinfetantes. A indústria da perfumaria, finalmente, tem investido na extração do láudano, que usa como fixador de perfumes.
No universo mágico-religioso das culturas tradicionais, a esteva e o rosmaninho eram colocados à porta das casas para afastar ”almas penadas” e ”coisas do mal”.
A riqueza vegetal do concelho de Alandroal não se esgota na nomeação das caraterísticas da esteva, muito pelo contrário. É isso que Domingos Boieiro, nascido no Alandroal e professor no Redondo, quis pôr em evidência ao escrever o livro Ervas e Mézinhas – Corpo e Alma (2008, edição da Câmara Municipal de Alandroal; € 5,00, à venda no Posto de Turismo de Alandroal). ”Há um património vegetal riquíssimo e com imensas potencialidades”, explica o autor. ”O objetivo foi fixar saberes, inventariando as espécies vegetais utilizadas localmente e utilizadas para fins medicinais e alimentares. Se isso não for feito, o conhecimento fragmenta-se e acaba por se perder.”
Esta ideia já era bastante antiga, encorajada sobretudo pelos avós e pessoas mais idosas das relações de Domingos Boieiro. Nesse sentido, diz, ”eles é que foram os fazedores do livro”, que constitui uma homenagem à importância e valor da transmissão deste conhecimento ancestral: ”Foi uma forma de devolver às pessoas que me são próximas tudo o que me ensinaram.”
O projeto de trabalho de Domingos Boieiro é mais alargado e prevê um segundo livro, já escrito, com uma recolha de rezas e benzeduras. Outras ideias a concretizar dizem respeito às ”comidas do pão”, ao repositório de saberes sobre ”todos os meses do ano” e, eventualmente, sobre os moinhos do Guadiana, todos submergidos pelo enchimento da albufeira do Alqueva.
Azinheira
As folhas verdes cozidas dão um chá que é usado para combater as constipações ou fazer gargarejos para a inflamação da garganta. O uso externo é aconselhado para a limpeza da pele, combate o acne e outras borbulhagens.
Coentro
Além do uso na cozinha alentejana, muito popularizado, as sementes e as partes verdes desta planta de cheiro agradável e forte sabor aromático são utilizadas em infusão para combater as afeções gastrointestinais e expulsar os gases. Também ajuda à digestão.
Loendro (ou aloendro)
As folhas e flores cozidas dão uma loção usada para limpar as impurezas da pele e combater o herpes labial. Dada a sua elevada toxicidade, nunca deve ser ingerido, mas usado apenas externamente.
Poejo
Tem um sem número de utilizações condimentares e alimentares, estando presente na sopa, açorda e peixe alentejanos. Como infusão é bom para reduzir as dores menstruais, aliviar as alergias associadas a problemas respiratórios e estados gripais.
Urtigas
Os levantamentos da memória popular atribuem-lhe inúmeras utilizações medicinais, entre as quais o reumatismo, circulação de sangue, raquitismo e anemia, como antivermicida, etc. As alergias e urticárias causadas pelas picadelas das urtigas podem ser combatidas com o mentrasto, uma planta que cresce junto à urtiga e que tem efeito tópico calmante.
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